Ele assovia, lá fora, sem cessar.
O vento forte que chora e dança.
Levando folhas secas pelo ar,
Penetrando no peito, qual a lança.
Minuano, vento forte da coxilha,
O teu canto é um lamento do rincão.
Relembrando a bravura Farroupilha,
Fazendo pulsar o coração.
Me ponho quieta a ouvir o teu passar.
O coração vai ficando apertadinho,
Escutando teu doce grito, pelo ar,
Trazendo lembranças e carinho.
Assovia vento forte da Querência!
Vai longe, rodopiando, sem maldade.
Diz a eles, que bem longe estão,
Que teu grito, como o meu, é só saudade.
Cruz Alta, 20 de setembro de 1987.
BLOG DA VÓ ZAIDA
Eis aqui um espaço para colocarmos os pensamentos da Vó Zaida Truccolo que faz poesias simples e caseiras mas que tem um valor inigualável para seus filhos, netos e amigos
terça-feira, 12 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Aguaceiro
Na cidade corre a chuva densa e forte
Um aguaceiro, um rio exuberante,
Proibindo os pedestres de ir ao norte,
Ao sul, a toda parte, de seguir adiante.
Ela caiu na rua fria e nervosa,
Entrando em todo tipo de declive.
É a água resvalando toda poderosa,
No asfalto, formando ondas, inclusive.
Ela é brava e carrega com ceteza, sim,
Levando o que se encontra para o ralo,
Como se quisesse dar a tudo um fim.
Bela chuva, das nuvens, água cristalina.
Assim te olhando, és tão pura e linda,
Pareces ser mais uma benção natalina.
(Barreiras, dezembro/2010)
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Saudade Doce
De ti, ainda criança, existe essa saudade doce,
Quando ainda relembro teu lindo vulto
Como se um anjo encarnado fosse,
Na linda relva, do canteiro oculto
Pernas curtas, depressa, acorrer sem ver,
Olhando apenas, na sombra, tua silueta
Braços abertos, carícia do vento ter,
Nesta leve brisa, como uma estatueta
Tua alma pura, neste andar envolto
Sorriso e sorrisos, sempre alegremente
Voavas pelo verde, como um coelhinho solto
Esse vulto, minha mente não esquece
Lembranças de ontem, sempre na memória,
Saudade doce que meu coração aquece
Quando ainda relembro teu lindo vulto
Como se um anjo encarnado fosse,
Na linda relva, do canteiro oculto
Pernas curtas, depressa, acorrer sem ver,
Olhando apenas, na sombra, tua silueta
Braços abertos, carícia do vento ter,
Nesta leve brisa, como uma estatueta
Tua alma pura, neste andar envolto
Sorriso e sorrisos, sempre alegremente
Voavas pelo verde, como um coelhinho solto
Esse vulto, minha mente não esquece
Lembranças de ontem, sempre na memória,
Saudade doce que meu coração aquece
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